quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Saudades




"O tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo" (Mário Quintana)




Saudades...

Dos velhos amigos, que estão sempre com a gente
Daqueles que não estão mais entre nós
Da cidade natal e seu ar indecifrável
Dos pássaros cantando e dos galhos batendo
Do barulho do mar
Do ombro amigo que nos acolhe nos momentos mais difíceis
De não fazer nada
Dos amigos que não encontramos mais
Da liberdade perdida
"Da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais"*

                                             

Dos nossos parentes que moram longe
Da conversa nos recreios
Daquela viagem inesquecível
Daquela música marcante
Confundida com nostalgia
De não ter hora para voltar
De não ter compromissos
De se lambuzar de sorvete
Do sono pesado e profundo
Transformada em riso, choro e dor
De chorar por simples besteiras
Da conversa no corredor
De jogar bola  despretensiosamente
De fazer o que vier na cabeça, sem se preocupar com o amanhã
Do que já passou
Do que está por vir

Saudades... Tão difícil descrevê-la. Talvez por esse motivo essa palavra só existe em português e em galego. Mas como será que os outros povos sentem saudade?

*Citação de Casimiro de Abreu

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