quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma ferida, uma história

"A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda" (Confúcio)
Niccolò Tommaseo dizia que "o homem que a dor não educou será sempre uma criança". Concordo. E, nesse caso particular, os mais velhos têm muito a ensinar aos jovens.


Uma pessoa mais velha sempre tem uma experiência interessante para contar. Vivenciou e presenciou muitas coisas que os jovens não tiveram oportunidade: guerras, mudanças de regime, instabilidade financeira... Passaram por períodos difíceis e estão aí para dar o seu testemunho, contar sua vida.




Os mais velhos também já aprenderam a conviver com as mágoas e as feridas na alma que demoram a cicatrizar. E quando me refiro aos mais velhos, não faço menção apenas à idade das pessoas, mas sim à quantidade de experiências e histórias vividas. Sim, porque às vezes uma pessoas na faixa dos 30 anos já é mais "vivida" do que uma de cinquenta.


O ex-jogador de futebol Ronaldo é o exemplo ideal para tentar ilustrar essa minha ideia. Ainda jovem, teve que operar o joelho e ficar um bom tempo parado. Com o passar dos anos, as operações continuaram e renderam enormes cicatrizes em seus dois joelhos. Essas cicatrizes, certamente, também contam histórias. Por sinal, uma bela história de superação, de retomada de uma carreira brilhante.




Mas não se precisa ir tão longe para achar uma ferida que renda uma boa história. Um menino que cai de sua bicicleta e rala os joelhos, uma pessoa que perdeu um familiar querido e um rapaz que brigou com a namorada. Todos esses estão feridos, seja no sentido literal ou não. Todos esses terão boas histórias para 
contar: de como foi a queda, a perda e a briga.


E quando alguém conta uma história convém escutar. Isso ajuda na "cicatrização da ferida", deixando de ser "criança".

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