Dando continuidade ao post da semana anterior, finalizo a minha breve lista de livros marcantes. É difícil explicar como cheguei a essa conclusão. Não são grandes clássicos da literatura mundial. São apenas livros pelos quais tenho um carinho especial, dentre os tantos que li. Convido os leitores a também opinarem, dizendo quais livros marcaram suas vidas.
O tempo e o vento (Erico Verissimo)
Talvez a trilogia mais famosa de nossa literatura, formada pelos livros "O Continente", "O retrato" e "O arquipélago".
A trilogia aborda a história da formação do Rio Grande do Sul e do Brasil, a partir de uma família: Terra Cambará. Diferentes gerações "passeiam" pelo livro com personagens marcantes como o mulherengo Capitão Rodrigo, Ana Terra e sua velha tesoura de podar, Bibiana...
Meu primeiro contato com a obra foi a partir do fragmento "Ana Terra". Achei a história fascinante e fiquei curiosa em saber mais. Adiantei-me ao cronograma do colégio e li também "Um certo capitão Rodrigo". Apaixonante.
Anos depois, tive a felicidade de ganhar a coleção completa e conhecer mais sobre a região sul do país. Li compulsivamente a trilogia e destaco duas frases, que só quem conhece a grandeza da obra é capaz de entender:
"Sempre que me acontece alguma coisa importante está ventando"
"Buenas e me espalho. Nos pequenos dou de prancha; nos grandes, de talho"
Olga (Fernando Morais)
Estava no final do ensino fundamental quando o filme homônimo foi lançado. Como era de praxe no meu colégio, vi apenas algumas cenas. Mas lembro que achei a história interessante: a vida de uma mulher estrangeira, judia e comunista no governo Vargas.
Tempos depois, descobri o livro na prateleira da minha avó. Peguei emprestado e conheci uma bela história, esclarecedora, por sinal.
A partir daquele dia, passei a olhar a história de forma diferente, com outros olhos.
Incidente em Antares (Erico Verissimo)
Mais um do Erico Verissimo. Dessa vez, por indicação do meu irmão e da minha professora na época. Até apresentei um trabalho sobre o livro.
Não fazia ideia do tema abordado. O título também dificultava chegar à alguma conclusão. Contudo, destrinchando as páginas, me vi diante de uma história sobrenatural. Uma verdadeira alegoria sobre máscaras, liberdade e falsidade.
Sobre o "incidente", só digo uma coisa: o dia 13 de dezembro de 1963 ficará marcado na história dos habitantes da pequena Antares. E o livro pode ficar marcado também no coração do leitor.
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