quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Bienal e a formação de novos leitores

No último domingo, dia 11, chegou ao fim a XV Bienal do Rio. Realizada no Riocentro, o evento bateu, mais uma vez, o recorde de público. Aproximadamente 670 mil pessoas passaram pelos estandes das principais editoras e livrarias do país.



Números à parte, feiras literárias como essa têm vital importância para a formação de um novo público leitor no país. Grande parte desse lotou o Riocentro era composta por jovens, fossem eles em visita escolar ou crianças acompanhadas de seus pais.

O sucesso entre os mais jovens pode ser explicado por uma série de fatores, como a participação de grandes ícones da literatura infantil autografando suas obras, a exemplo de Mauricio de Sousa e Ziraldo, e de nomes internacionais, verdadeiros best-sellers, como Alyson Nöel e Anne Rice.



Cabe destacar ainda a grande oferta de livros infanto-juvenis com descontos significativos. Em vários estandes, era possível ver um espaço dedicado inteiramente aos mais jovens. Nesses, era comum também a presença de bonecos da Turma da Mônica, do Menino Maluquinho, da Luluzinha, dentre outros. Até os mais velhos queriam tirar fotos com os personagens para guardar de recordação.

Todavia, uma das coisas que me impressiona é a quantidade de pessoas presentes na Bienal. Sabemos que o brasileiro é um povo que lê pouco. Segundo um levantamento do Instituto Pró-Livro, a média é de 1,3 livros lidos por pessoa em um período de uma ano. Esse número não leva em conta os livros didáticos e pedagógicos. Assim, como explicar o sucesso de público das feiras literárias? Seria um sinal de que um novo público leitor está sendo formado? Ou a maioria dos presentes em eventos desse porte é composta de curiosos, que estão apenas passeando?

Particularmente, acho que a grande parte desse público é formada por curiosos apenas, que não cultivam o hábito da leitura. Mas espero que esses possam desviar seu olhar de vez em quando para os livros e tenham  -quem sabe- a oportunidade de conhecer o poder transformador das palavras.

Um comentário:

  1. Eu concordo, que boa parte dos visitantes da Bienal eram apenas pessoas curiosas que não cultivam o ato da leitura. Porém, com o grande número de promoções e a variedade de material, com certeza todo mundo comprou pelo menos uns 2 livros. Era raro ver alguém de mãos vazias! Isso já faz uma diferença... A tendência é melhorar! (Assim espero). Parabéns pela postagem ^^ Bjs

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