sábado, 29 de dezembro de 2012

Dicas de passeio - Centro do Rio

Hoje, o blog traz duas dicas de passeios no Centro do Rio: a nova filial da Livraria Cultura e a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade". 

Para quem estiver com um tempinho livre, vale muito a pena conferir essas atrações. O passeio pode ser feito com a família toda, desde os mais jovens até os avós. 

Impressionismo: Paris e  a Modernidade



Após uma temporada de dois meses  em São Paulo, a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade" está em cartaz no Rio no Centro Cultural Banco do Brasil desde o fim de outubro.

Pela primeira na Brasil, a exposição traz 85 obras de um dos mais badalados museus do mundo, o "Musée d' Orsay", em Paris. A mostra é dividida em seis módulos, ocupando dois andares, e conta um pouco da história da pintura ocidental impressionista do século XIX.

Um dos grandes méritos de "Impressionismo: Paris e a Modernidade" é o acervo. Obras de importantes pintores como Claude Monet, Vincent Van Gogh, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir, dentre outros estão presentes.

Além das pinturas, a exposição apresenta ainda duas projeções e uma linha cronológica detalhada, que marca os principais acontecimentos no Brasil e no mundo ao longo dos  anos.  Durante o passeio, o visitante também encontra uma pequena loja que vende livros de artes e souvenirs.

Quem pretende conferir a exposição, deve correr. A mostra acaba no dia 13 de janeiro no Rio e as filas costumam ser bem grandes. Para evitar ficar muito tempo esperando, a dica é tentar chegar assim que os portões abrem, às nove da manhã.

Durante alguns fins de semana e feriados, o horário costuma ser estendido, passando das 21h. A entrada é franca. O CCBB fica na rua Primeiro de Março, 66- Centro. O local não abre às segundas-feiras.

Para quem gosta do Impressionismo e quer conhecer mais sobre o assunto,  recomendo o site http://www.impressionismopariseamodernidade.com/, que traz todos os detalhes da exposição, ou o livro Impressionismo: Paris e a Modernidade (organizado por Guy Cogeval). A obra é um catálogo detalhado e está sendo vendida por R$95,00 na Livraria da Travessa.

Livraria Cultura



Finalmente, abriu as portas a segunda filial da Livraria Cultura no Rio de Janeiro. A nova loja fica na Rua Senador Dantas, 45- Centro, onde era o antigo Cine Vitória.

Os leitores podem usufruir dos 3.200 m² do ambiente que abrigam algumas áreas especiais, como o Espaço Kobo, destinado aos e-books e ao e-reader da marca, a Geek.etc.br com quadrinhos, videogames e outros produtos destinados ao público nerd, além de do V.Café.

São 4 andares, um catálogo com quase seis milhões de livros à venda e cerca de sete mil games/eletrônicos. Números impressionantes que ajudam a revelar a magnitude do novo ambiente. 

Ainda em fase de acabamento, a Livraria Cultura terá em seu subsolo um teatro, o Eva Herz, com capacidade para 186 pessoas. que será palco de futuras peças e shows.

A livraria fica aberta de segunda a sábado, de 9h às 21h, e aos domingos e feriados, de 13h às 19h.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Telefone sem fio

Final do dia, chuva apertando e ele dá aquela corridinha básica para alcançar o ônibus, que está quase saindo do ponto. Segura a bolsa com firmeza e torce para o sapato que está folgado não sair do pé. A porta fecha, ele sente o impacto dela batendo nas suas costas, mas consegue entrar.

Molhado com a chuva que começava a cair, ele logo percebe a baixa temperatura no ônibus. "Isso não vai fazer bem para a minha tosse", pensa ele. Mas, deixa para lá.  Tudo o que ele quer naquele momento é descansar depois de um dia tão desgastante como aquele.

Logo ele percebe aquele único lugar vazio, "especial", esperando por ele. Não hesita em atropelar todo mundo no corredor para garantir seu assento.

"Enfim, relaxado". Agora, é só tirar o nó da gravata, fechar os olhos e descansar até chegar em casa.

Mas um barulho estranho começa a incomodá-lo. "Será que deu algum problema no ônibus?", mas a hipótese é logo descartada. É (apenas) o toque discretíssimo da moça que está ao seu lado:

-OI, AMIGA, TUDO BEM? Estava mesmo precisando conversar com você. (...) Quem, eu e o Carlinhos? Você não sabe? Aquele safado chegou de madrugada...


Algumas lágrimas começam a cair na moça ao lado.

-MAS VAMOS MUDAR DE ASSUNTO? Sabe a Aninha, irmã do Roberto? Menina...

A conversa se estende, cada vez entrando em mais detalhes. Logo, todo o ônibus já conhece toda aquele turma citada no telefone, como se fossem íntimos.

Mas ninguém consegue pará-la. Todos olham torto, mas ela não se toca. Continua gritando no celular.

Finalmente e depois de muita buzina no ouvido, ele chega em casa. A mãe preparou um jantar especial e ela quer saber como foi o dia do filho.

Ele responde monossilabicamente. A mãe torna a insistir: "Mas nada aconteceu? Nem uma fofoca?

"Comigo, não. Mas se você quiser saber sobre a Aninha, o Carlinhos e o Roberto..."

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quarta capa

Como já é tradição aqui no blog, fiz mais uma lista com recomendações de leitura. Para quem gosta de ler, um livro é sempre um bom presente de Natal e é sempre uma boa companhia.

Então, o que você achou dos indicados? Leu alguma coisa recente que tenha gostado muito? Compartilhe conosco. 

Inverno Russo (Daphne Kalotay)
Um misterioso conjunto de joias preciosas é o mote de uma história que fala de uma bailarina aposentada e sua vida na Rússia nos tempos de Guerra Fria. Um livro que te prende até o final, de verdade.

Lembrando Anne Frank (Miep Gies e Alison Leslie Gold)
O casal que ajudou a esconder Anne Frank em seu porão conta detalhes de como era a vida durante a Segunda Guerra Mundial na visão dos judeus e a história do diário mais famoso do mundo.

O livro da ignorância generalizada (John Mitchinson e John Lloyd)
Inspirado em um programa da televisão britânica, o livro traz perguntas e respostas sobre tudo, absolutamente tudo que você possa imaginar. E o pouco das respostas que você acha que sabe, estão erradas.

Piadas Nerds (Ivan Baroni, Luiz Fernando Giolo e Paulo Pourrat)
O sucesso da internet agora tem uma versão impressa e várias edições exclusivas (para os pais, mães, física, ciências humanas e etc).

Diário de um banana: Casa dos horrores (Jeff Kinney)
No sexto livro da série, o protagonista Greg continua se dando mal. Agora, além da nevasca que atinge a cidade e não permite que ele saia de casa, ele também está com medo da polícia.

Morte súbita (J.K. Rowling)
Previsto para ser lançado oficialmente no Brasil em dezembro, a nova obra de J.K. Rowling promete ocupar o topo da lista de mais vendidos de todo o país. Será que a autora consegue conquistar o coração dos adultos também?

Jogo duro (Ernesto Rodrigues)
A biografia de João Havelange, um dos homens mais poderosos e influentes do esporte mundial. Vale ressaltar que o livro foi publicado em 2007 e não fala sobre os mais recentes denúncias de esquemas de corrupção do dirigente.

La Doce (Gustavo Grabia)
Quem vê de fora fica encantado com a festa nas arquibancadas do La Bombonera. Mas uma das torcidas organizadas do time está envolvida em uma série de crimes.

Carcereiros (Drauzio Varella)
Depois de escrever sobre a rotina dos presos em Estação Carandiru, o autor agora se volta para um outro lado, o dos agentes penitenciários.

Dias de inferno na Síria (Klester Cavalcanti)
Quando saiu de São Paulo para registrar a guerra civil na Síria, Klester certamente não imaginava que sofreria na pele: preso pelas forças oficiais e torturado.


O que é ser jornalista (Ricardo Noblat)
O jornalista compartilha com os leitores um pouco de sua trajetória profissional e ainda dá dicas para quem pretende seguir na carreira.

O poder dos quietos (Susan Cain)
Fruto de uma extensa pesquisa, o livro mostra o quanto a sociedade pode estar errada ao ridicularizar os introvertidos. Barack Obama, Steve Jobs e Albert Eisntein que os digam.

A história sensacionalista do Brasil (vários autores)
Jornais do mundo inteiro já acreditaram em algumas notícias desse programa de TV/rede social, mesmo o Sensacionalista tendo como slogan "Um jornal isento de verdade"

Guia Politicamente incorreto da história do Brasil (Leandro Narloch)
Nem tudo que você aprendeu nas aulas de História no colégio é verdade. Uma pequena provocação, segundo define o próprio autor.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Ensinamentos do Peanuts

O post de hoje é inspirado (mais uma vez) na turma do Peanuts. Sim, pois as tirinhas desses personagens não servem apenas para diversão. Passam valores e nos fazem pensar sobre a vida. O conjunto de frases a seguir foram tirados e traduzidos do livro " ¡ No te riedas!". A edição é argentina, não há adaptação brasileira. Em nosso país, há um livro com proposta semelhante intitulado  "A vida segundo Peanuts".

.  A adversidade fortalece o caráter. Sem ela, não poderíamos amadurecer diante de todas as situações da vida (Lucy)
. Aprenda ontem. Viva o hoje. Tenha esperança no amanhã. E descanse essa tarde.  (Snoopy)
. Não importa a forma como começa e sim como termina (Patty Pimentinha)
. A chuva cai sobre os justos e os injustos. (Charlie Brown)


. Se realmente quiser algo nessa vida, esteja decidido (Spike)
. Estou segura que serei feliz e de que tudo sairá bem ao longo de toda minha vida (Lucy)
. A vida está cheia de riscos (Snoopy)
. Sempre fui fascinado pelo fracasso (Charlie Brown)

. Uma pequena tragédia de vez em quando nos torna uma pessoa melhor (Lucy)
. A vida é muito curta para não desfrutá-la (Snoopy)
. Acho que todos têm medo do desconhecido (Linus)
. Tenho necessidade de sentir que estar vivo é bom (Schroeder)



. Aumente o volume da TV, arraste a poltrona com um pote de sorvete e não pense em mais nada (Sally)
. É lindo acordar de manhã com uma sensação de bem-estar (Snoopy)
. Se você enfrenta as dificuldades e demostra determinação, sempre terá uma oportunidade (Charlie Brown)
. Todos precisam de esperança (Snoopy)


. Você deveria começar cada dia com uma canção em seu coração, brilho nos olhos e paz na alma (Lucy)
. Se você relaxar de vez em quando, sua cabeça não cairá (Patty Pimentinha)
. Quando me sinto deprimido, construo castelos de areia (Linus)
. Tudo que se necessita é ter fé e paciência (Spike)


. Creio que descobri o segredo da vida: simplesmente esperar por aí, sem fazer nada, até que esteja acostumado (Sally)
. De vez em quando, todos fazemos coisas que nos fazem perder a confiança em nós mesmos (Charlie Brown)
. O mundo está cheio de maravilhas (Lucy)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Craques do Brasileirão

Final do campeonato chegando, as calculadoras e premiações começam a surgir. Em breve, mesmo antes do resultado final da competição, jornalistas e atletas de todo o país serão convidados a votar na seleção de melhores do campeonato. 
Algumas posições já tem seus "campeões" bem definidos. Em outras, surpresas ainda podem aparecer.Fiz uma lista com os atletas que acredito que serão lembrados pelo prêmio entregue pela CBF. Os atletas que aparecem nas fotos formam a seleção do campeonato.
Para chegar a esse lista, avaliei o desempenho dos jogadores no Bola de Prata da Placar, no Troféu Armando Nogueira e pelo que acompanhei do campeonato.
Sei que fazer lista antes do final do campeonato é um perigo. Mas arrisquei, tentando me antecipar. Qualquer coisa, "cornetem" a seleção! 


Goleiro
. Diego Cavalieri (Fluminense): Primeiro lugar disparado
. Jefferson (Botafogo): Briga pelo segundo lugar com Victor
. Victor (Atlético-MG): Grande contratação do Atlético

Poderiam pintar
. Rogério Ceni (São Paulo): Nome que sempre é lembrado


Lateral-direito
. Marcos Rocha (Atlético-MG): Destaque do Galo, foi chamado para o Superclássico das Américas
. Ayrton (Coritiba): Nome mais difícil de ser lembrado dos três por não jogar em um dos clubes do eixo
. Lucas (Botafogo): Irregular, deve ser lembrado pela presença como titular no Superclássico das Américas

Poderiam pintar
. Cicinho (Sport): Bom campeonato, deve chamar a atenção de outros clubes no final da temporada
. Cicinho (Ponte Preta): Já estaria acertado com o Fluminense
. Welligton Silva (Flamengo): Apareceu bem após a mudança de Léo Moura para o meio de campo


                                                       
Zagueiro
. Leonardo Silva (Atlético-MG): Zagueiro com mais número de gols no campeonato
. Réver (Atlético-MG): Ótimo zagueiro, já começa a figurar na lista de Mano Menezes
. Dedé (Vasco): Não repete o bom desempenho do Brasileiro do ano passado. Deve ser lembrado pelo nome.
. Gum (Fluminense): O melhor zagueiro do líder do campeonato

Poderiam pintar
. Rhodolfo (São Paulo): São Paulo tem tradição na categoria e isso pode pesar
. Henrique (Palmeiras): Um dos poucos destaques do Palmeiras




Lateral-esquerdo
. Carlinhos (Fluminense): Quase certo que esteja entre os três indicados.
. Cortez (São Paulo): Deve ser lembrado mais pelo campeonato de 2011
. Fábio Santos (Corinthians): Jogadores do Corinthians sempre são lembrados.

Poderiam pintar
. Júnior César (Atlético-MG): Bom campeonato do time pode ajudar numa disputa individual
. Fabrício (Internacional): Pouco provável

     


Volante
. Jean (Fluminense): Se firmou como titular do Fluminense
. Paulinho (Corinthians): O favorito
. Ralf (Corinthians): O entrosamento com Paulinho pode facilitar

Poderia pintar

. Arouca (Santos): Nome sempre lembrado, mas a campanha irregular do Santos pode atrapalhar















Meia
. Bernard (Atlético-MG): Grata revelação do campeonato
. Seedorf (Botafogo): Nome internacional pesa numa premiação desse tipo
. Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG): O ressurgimento de seu bom futebol pelo Galo não será esquecido
. Juninho Pernambucano (Vasco): Era um dos favoritos na disputa até o Vasco cair de rendimento
. Lucas (São Paulo): Outro nome que é sempre lembrado pela mídia

OBS: Pode ser que Ronadinho Gaúcho e Lucas entrem na disputa como atacante

Poderiam pintar
. Elano (Grêmio): O empréstimo ao Grêmio fez muito bem para ele
. Fred (Internacional): Superando os balados astros do Inter


Atacante
. Fred (Fluminense): Um dos pilares do líder do campeonato
. Luís Fabiano (São Paulo): Poucos jogos e uma ótima média de gols
. Bruno Mineiro (Portuguesa): Desconhecido, talvez seja lembrado embora não jogue num clube de tanta expressão
. Wellington Nem (Fluminense): Revelação do último campeonato, se firmou de vez no Flu
. Neymar (Santos): Quase não joga pelo Santos, mas quando o faz é decisivo

Poderiam pintar
. Kieza (Náutico): O rendimento do Náutico melhorou muito com sua chegada
. Aloísio (Figueirense): Um dos destaques do fraco time do Figueirense
. Osvaldo (São Paulo): Uma das revelações do Ceará, tem jogado muito bem no São Paulo
. Marcelo Moreno (Grêmio): Atacante colombiano goleador

Técnico
. Cuca (Atlético-MG): Não repete a campanha espetacular do primeiro turno, mas chamou a atenção com o  o time do Galo
. Abel Braga (Fluminense): Desde que voltou ao Brasil, faz ótimo trabalho no Fluminense
. Vanderlei Luxemburgo (Grêmio): Voltando a lista de melhores técnicos do país


Craque 
. Fred (Fluminense)
. Diego Cavalieri (Fluminense)
. Ronaldinho Gaúcho (Atlético-MG)

Poderiam pintar
. Juninho Pernambucano (Vasco)
. Seedorf (Botafogo)
. Luís Fabiano (São Paulo)
. Neymar (Santos)

Revelação 
. Bernard (Atlético-MG): Troféu garantido para o baixinho
. Fred (Internacional): Grata surpresa no time do Inter
. Gabriel (Bahia): Eleito revelação do Baiano desse ano

Poderiam pintar
. Romarinho (Corinthians): Apareceu bem na Libertadores e hoje é titular do time
. Dória (Botafogo): Aproveitou enquanto seus companheiros estavam machucados para garantir a titularidade do Botafogo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Garimpo no Brasileirão

Faltando sete rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, já está na hora dos clubes começarem a planejar o próximo ano. Com a ajuda de Gabriel Guimarães do blog Quadrinhos Pra Quem Gosta, elaborei uma lista com jogadores negociáveis de todos os clubes série A. A lista foi feita com base em jogadores não tão famosos e que não tiveram grandes oportunidades em seus respectivos clubes.  Grandes promessas do futebol brasileiro não estão presentes nessa lista, pois - nesse caso- sabemos que os valores das negociações são milionários, algo que não está ao alcance do mercado brasileiro.

Atlético-GO
. Márcio (goleiro): Chance de ter um goleiro artilheiro em seu time.
. Felipe (atacante): Já rodou por vários clubes do país, sempre deixando seus golzinhos.


Atlético-MG
. Renan Ribeiro (goleiro): Nome que sempre era lembrado nas categorias de base da seleção, não vem tendo muitas oportunidades no Galo.
. Neto Berola (atacante): Rápido e ágil, é o xodó da torcida do Galo.
. Leonardo (atacante): Contratado para repor a saída de André para o Santos, teve poucas chances.

Bahia
. Marcelo Lomba (goleiro): Bom goleiro, mas que teve poucas oportunidades no Flamengo. A fraca defesa do Bahia é sempre salva por ele.
. Neto (lateral): Contratado para solucionar o problema da lateral-direita do Bahia, teve passagens apagadas por Santos e Fluminense.
. Gabriel (meia): Craque e "garçom" do  último campeonato baiano.


Botafogo
. Renan (goleiro): Reserva na equipe, já manifestou seu desejo de atura com maior frequência
. Marcelo Mattos (volante): Melhor fase da carreira foi no Corinthians em 2005 quando foi campeão brasileiro e eleito melhor volante. Praticamente não entrou em campo em 2012 por conta de uma série de lesões.
. Jadson (volante): Vindo da base, apareceu bem no time principal. O fato de disputar vaga com Renato pode atrapalhá-lo a ter uma sequência melhor.

Corinthians
. Júlio César (goleiro): Titular durante grande parte da campanha vitoriosa na Libertadores, foi sacado após sucessivas falhas.
. Jorge Henrique (atacante): Também titular na Libertadores, agora  amarga a reserva e briga por um espaço na equipe.
. Edenílson (meia): Polivalente, pode atuar como lateral-direito ou meia.


Coritiba
. Vanderlei (goleiro): Vitorioso e seguro no Coritiba, pode sonhar mais alto.
. Ayrton (lateral): A potência nos chutes de longa distância impressiona. Palmeiras já demonstrou interesse.
. Emerson (zagueiro): Com passagem pela seleção principal do Brasil, pode ser uma ótima contratação
. Rafinha (meia): Entre vários empréstimos, se destacou no vice-campeonato da Copa do Brasil

Cruzeiro
. Rafael Donato (zagueiro): Jovem e forte, costuma marcar gol de cabeça.
. Alex Silva (zagueiro): Contratado com destaque, acabou rompendo os ligamentos do joelho.
. Diego Renan (lateral): Nunca vestiu outra camisa que não a do Cruzeiro, tem 22 anos.
. Wallyson (atacante): Início amador em 2011 pelo Cruzeiro, perdeu espaço para os demais atacante do elenco.


Figueirense
. Elsinho (lateral): Novo, é um dos destaques do time do Figueira.
. Aloísio (atacante): Destaque no fraco time do Figueirense, já estaria acertado om o São Paulo.
. Caio (atacante): Emprestado pelo Botafogo, uma nova negociação não deve ser um empecilho.

Flamengo
. Paulo Victor (goleiro): Titular com Joel Santana, acabou perdendo a vaga para Felipe sob o comando de Dorival.
. Thomás (meia): Campeão da Copa São Paulo em 2011, teve poucas chances desde que Dorival assumiu o time.



Fluminense
. Wallace (lateral): Mesmo sendo reserva da equipe, tem despertado o interesse de clubes da Europa.
. Valencia (volante): Presença constante da seleção colombiana, não é titular no clube das Laranjeiras.
. Diguinho (volante): Prejudicado pelas lesões na carreira, costuma ser querido pela torcidas pela disposição e raça quando entra em campo.

Grêmio
. Gabriel (lateral): Experiente, já teria sido liberado pelo Grêmio para procurar uma nova equipe.
. Júlio César (lateral): Sem meses sem jogar por conta de uma cirurgia no joelho, só agora volta a ser relacionado para os jogos.
. Léo Gago (volante): Volante de origem, tem bom chute de loga distância e pode ser aproveitado na lateral também.
. Leandro (atacante): Chegou a ser comprado a Neymar pelo estilo quando surgiu, mas atualmente é reserva na equipe.
. André Lima (atacante): Típico centroavante. Faz gol, mas também perde vários.


Internacional
. Bolatti (volante): Com o limite de estrangeiros por equipe, nem tem sido relacionado para os jogos.
. Marco Aurélio (atacante): Carreira vitoriosa no Coritiba, quase não teve oportunidades em Porto Alegre.

Náutico
. Patric (lateral): Lateral-direito, seu bom desempenho fez com que o experiente Alessandro ficasse no banco.
. Souza (meia): Passagem apagada no Palmeiras, está emprestado ao Náutico onde faz belo campeonato
. Martinez (meia): Experiente, com passagens pelo Cruzeiro, Palmeiras e futebol japonês.
. Kieza (atacante): Desde sua chegada, o desempenho do Náutico melhorou muito no campeonato. Artilheiro.


Palmeiras
. Mazinho (atacante): Chegou quase anônimo no Palmeiras, mas fez ótima Copa do Brasil.
. Artur (lateral): Apareceu no São Caetano onde tinha bom desempenho nas bolas aéreas.

Ponte Preta
. João Paulo (lateral): Líder na categoria melhor lateral esquerdo do Troféu Armando Nogueira.
. Cicinho (lateral): Boas atuações e gols já chamaram a atenção do Fluminense.
. Roger (atacante): Jogador com presença de área, está sempre fazendo gols.


Portuguesa
. Moisés (meia): Começou o ano disputando o campeonato mineiro pelo no América. Não será surpresa se terminar o ano num grande.
. Ananias (meia): Poucos lembram, mas o meia já chamava a atenção na série B do ano passado na "Barcelusa".
. Bruno Mineiro (atacante): O jogador pertence originalmente ao Atlético-PR mas está emprestado. Melhor para a equipe do Canindé que tem um dos candidatos a artilheiro do campeonato.

Santos
. Rafael Galhardo (lateral): Polivalente, pode jogar também como meia, volante ou lateral esquerdo. Ficou um tempo parado por conta de uma fratura no pé.
. Bernardo (meia): Contrato de empréstimo junto ao Vasco termina no fim do ano. Pouco aproveitado, não deve continuar na Vila Belmiro.


São Paulo
. Douglas (lateral): Com passagem pela seleção sub-20, quebra o galho também como armador quando Lucas não joga.
. Ademílson (atacante): Formado no próprio São Paulo, fazia dupla de ataque com Lucas Piazon, hoje no Chelsea.

Sport
. Cicinho (lateral): Prestes a abandonar o futebol por conta de problemas pessoais, voltou ao Sport para tentar prosseguir com a carreira vitoriosa.
. Felipe Azevedo (meia): Teve excelente passagem no Ceará, mas não manteve o mesmo ritmo na Ilha do Retiro.
. Henrique (atacante): Estrela do Mundial sub-20 de 2011 onde foi campeão, artilheiro e  eleito melhor jogador.
. Gilberto (atacante): Sem chances no Internacional, está emprestado ao Sport. Deve voltar a ser titular com a chegada de Sérgio Guedes.


Vasco
. Rodolfo (zagueiro): No Fluminense, onde despontou para o futebol, era visto como craque. No Vasco convive com uma série de lesões.
. Douglas (zagueiro): De quarta opção na zaga, virou titular no time durante parte do Campeonato Brasileiro.
. Fabrício (zagueiro): Formado no rival Flamengo, é novo mas já passou por grandes clubes do país.
. Willian Matheus (lateral): Outro que também disputou o Campeonato Baiano pelo Bahia e se destacou.
. Thiago Feltri (lateral): Contratado no início do ano fez um bom Campeonato Carioca, mas lesionado não foi tão bem no Brasileiro.
. Willian Barbio (atacante): Surgiu junto com o lateral Cortêz no Campeonato Carioca de 2011 jogando pelo Nova Iguaçu.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mentiras que vemos por aí... Transporte público

Sabe aquela frase que você lê quase todo dia no caminho para o trabalho e sabe que não é verdade? Comecei a anotá-las e resolvi escrever um post. Minhas primeiras observações se deram no transporte público. Mas elas estão por toda a parte. Aliás, se você lembrar de alguma outra, compartilhe com a gente. Quem sabe não temos uma segunda versão do "Mentiras que vemos por aí"?

"Este veículo está obrigado a transportar duas gratuidades" (Você já viu alguma van transportar idoso, mulher grávida, etc. e não cobrar?)

"O troco máximo obrigatório é de até 20 vezes o valor da tarifa" (Ok, esse pode ser o valor expresso na lei, mas tenta pagar a passagem de ônibus com uma nota de R$20,00 para ver a cara que o cobrador vai fazer para você)

"Para sua segurança, este veículo só se movimenta com as portas fechadas" (Acontece ao contrário: quando você quer entrar no ônibus, a porta está fechada, quando você não quer sair, ela está aberta e com o veículo em movimento)


"Velocidade máxima permitida:  60 km/h" (Confesso que não sei precisar a velocidade de um veículo quando estou dentro dele, mas tenho a ligeira impressão de que às vezes nem a velocidade da luz é respeitada)

"Ônibus: obrigatória faixa do meio" (Frase comum nas sinalizações dentro do túnel, mas o motorista prefere se aventurar por outros lugares)

"Fale ao motorista somente o indispensável" (Acho que o conceito de indispensável vem sofrendo alterações nos últimos anos)

"Somente no ponto" (Essa é para avisar que o motorista só pode abrir a porta nos pontos de parada determinados. Mas dependendo de quem pedir e do seu visual, concessões costumam ser feitas)

"É proibido o uso de aparelho de som" (A regra não especifica o tipo de música, só quer garantir o silêncio e a saúde dos seus ouvidos)


"Capacidade: 48 passageiros sentados e 22 em pé" (Os números variam muito dependendo do veículo, mas no fim do dia, transporte público é como coração de mãe: sempre cabe mais um)

"O ônibus passa de 15 em 15 minutos" (É o que garante o site da empresa e o cobrador, mas que azar é esse que explica você estar há uma hora esperando no ponto?)

"Os bancos de cor laranja são preferencias para idosos, gestantes, mulheres com crianças de colo e portadores de necessidades especiais" (A situação real é essa: muita gente que deveria estar sentada em pé e que poderia estar em pé, sentado)

"Sinal vermelho" (Se não respeitam o sinal e avançam mesmo, me pergunto para que precisamos da sinalização então?)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Por que o Engenhão não enche?


Construído para o Pan-Americano de 2007 no Rio de janeiro, o estádio olímpico João Havelange (Engenhão) ainda não caiu no gosto do público carioca. Difícil dizer se ainda há tempo hábil para isso. Ano que vem, com a reabertura do Maracanã, o Engenhão perderá o posto de principal palco do futebol do Rio e deve sediar apenas os jogos do Botafogo e eventuais shows.

O Engenhão é um estádio com capacidade para mais de 40 mil pessoas e costuma ficar vazio. Disso estamos cansados de saber: todo dia sai uma matéria sobre isso. Seria apenas desinteresse por parte do público, como alguns pregam? Eu acho que não e tento explicar.

O estádio, que é arrendado pelo Botafogo, tem uma capacidade de público superior a média histórica da torcida botafoguense. Mesmo que 15 mil alvinegros (o que considero um bom público) compareçam ao Engenhão, ele vai continuar com aquele aspecto vazio, as cadeiras azuis ressaltadas. Os gritos da torcida não serão ouvidos com tanta nitidez.

Por outro lado, se 15 mil pessoas comparecem a um jogo em São Januário cuja capacidade de público é bem mais reduzida, embora o número de vascaínos em todo o país supere bastante o de botafoguenses (8,8 milhões de cruzmaltinos contra 2,8 milhões de alvinegros segundo pesquisa da PLURI Consultoria), comentaristas exaltam a grande mobilização da torcida.

Afinal, o copo está meio cheio ou meio vazio?

Outro aspecto importante que nunca é lembrado nas transmissões da TV é o horário escolhido para a realização dos jogos. Já pararam para perceber a grande diferença no público entre um jogo marcado para 16 h de domingo e outro marcado para às 22 h de quarta/21 h de sábado? É um absurdo. Nesse segundo caso, um torcedor que decide assistir a partida do seu time de coração chega muito tarde em casa. Se tiver que trabalhar cedo no dia seguinte então, o cansaço é certo.

Sabendo-se dessas dificuldades, as emissoras investem no pay-per-view dos jogos, sabendo que muitos preferem assistir o jogo no conforto do seu lar do que pegar o transporte público lotado ou horas de engarrafamento.

A violência também é motivo para ficar em casa. Com o entorno do estádio policiado, agora os vândalos marcam suas brigas para outros lugares, mais distantes dos olhos da fiscalização. Só essa semana duas  organizadas cariocas foram proibidas de frequentar os estádios pois alguns de seus integrantes se envolveram em brigas e até em mortes de torcedores.


Outra questão é o preço do ingresso. Ele não costuma ser barato, ainda mais para um torcedor que ganha pouco e deseja ir com a família no jogo. O passeio para dois adultos e duas crianças não sai por menos de R$100,00. Se quiserem assistir a mais jogos, o salário não aguenta até o fim do mês.

O Engenhão é considerado o estádio mais moderno da América Latina. De fato, a beleza impressiona. Pena que o mesmo não possa ser dito em relação ao seu entorno. Ruas estreitas dificultam o tráfego dos carros e até o deslocamento das pessoas.

Se você for de carro e estacionar nas cercanias (com sorte), além de pagar caro, encontrará enorme dificuldade para sair após a partida. Experiência própria, em dias de casa cheia não se chega na zona sul da cidade em menos de duas horas. A alternativa que seria o transporte público também não é das melhores. Empurra-empurra na rampa que dá acesso a estação de trem, vagões velhos e composições que demoram a passar...

A verdade é que o Engenhão foi colocado dentro de um bairro sem que qualquer obra de infraestrutura fosse feita ao seu redor para atender a nova demanda. O resultado é esse...

Desta forma, creio que a culpa dos estádios estarem vazios não é só da torcida que não comparece para apoiar o time (que muitas vezes tem uma atuação pífia). Uma série de questões (algumas das quais retratadas aqui) merecem ser estudadas com mais carinho para trazer de volta o colorido e a alegria das arquibancadas.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Apenas mais uma canção

Ele abriu a porta de casa e se surpreendeu com a presença dela ainda no sofá da sala.

Tudo que ele queria era descansar e esquecer aquele momento conturbado que estava vivendo. Queria chegar em casa, por uma roupa confortável um chinelo e apagar. Mas era impossível. Ela tinha voltado.

Tudo bem que eles dividiam o mesmo apartamento até uns dias atrás, antes daquela discussão. "Pensando bem, o apartamento era dela também, mas precisava daquele encontro? Ela não poderia ficar uns dias na casa dos pais ou de alguma amiga?"

Mas ela não parecia estar muito preocupada. Ou pelo menos não demonstrava. Estava concentrada em dedilhar seu violão, tirar um acorde ou outro, enquanto fazia algumas anotações na partitura.

Ele resolveu evitar a presença dela e foi à cozinha preparar algo para comer. Enquanto abria a geladeira, começou a ouvir um barulho. Não parecia um ruído, e sim uma melodia. Conferiu o rádio. Mas ele estava desligado.

Só depois percebeu que o som vinha da sala.

Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é...


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Bloquinho de anotações - parte final

Chegamos ao fim da série de anotações sobre o 7° Congresso de Jornalismo Investigativo, realizado entre os dias 12 e 14 em São Paulo. Para os quem têm acompanhado a cobertura aqui no blog, o meu muito obrigado.
Abaixo, você confere as últimas três palestras em que estive presente:

Jornalistas e fontes - limites éticos e legais, por Maria Cristina Fernandes e Marcelo Beraba (moderador)


  • "Sinto vergonha como jornalista na cassação de Demóstenes" (Maria Cristina Fernandes). Quantas pautas não perdemos nesse relatório? "Nós falhamos como repórteres. Só nos demos conta quando recebemos o grampo na mão".
  • Brasil é um dos países que menos lê jornal. Deficiências na educação. "Jornais ainda são leitura de classe média. Será que os problemas não estão nas pautas dos jornais?"
  • "Novas mídias estão dando conta dos interesses privados?"
  • Ao não envolver o cidadão brasileiro, cada vez mais as pessoas se afastam da política.
  • Segundo pesquisa da Vox Populi, parcela significativa da população brasileira não acha nada demais dar propina para outros. 
  • Pouco se fala da relação entre o mercado imobiliário e campanhas  municipais.
  • "Jornalista que aceita informação de bandido é porque quer pegar algo maior".
  • "Ética do jornalista é a mesma do gandula: não pode ajeitar a bola para o jogador do nosso time".
  • "Cobertura dos jornais tem Brasília demais e Brasil de menos". 
  • "Ninguém é nossa fonte". Fontes só te contam as coisas  porque elas também têm seus próprios interesses.
  • Onde vamos buscar nossas pautas? "Estamos buscando pauta entre nós mesmos. Jornalistas não vão mais para as ruas".
  • "Jornalistas importantes do impeachment do Collor estão em assessorias, trabalhando em administração de crises".

Grande reportagem em TV, por Roberto Cabrini e Thiago Herdy (moderador)


  • Para saber se uma reportagem é válida, devemos nos perguntar se o mundo vai melhorar com ela.
  • O que é uma grande reportagem em TV? Descobrir o ângulo não mostrado. O poder do texto e as palavras certas para cada situação. Exercer todo dia nossa própria humildade, autocrítica.
  • "A melhor reportagem tem que ser sempre a próxima e temos que estar preparados para ela".
  • "SBT tem o DNA do entretenimento, não do jornalismo".
  • Conexão Repórter: programa de Roberto Cabrini no SBT; no ar há dois anos; programa servindo à sociedade; dar voz a quem não tem; equipe pequena, cerca de 15 pessoas; programa tem que ter uma reportagem por semana: arejar o programa com perfis, adequar-se às necessidades de uma emissora comercial; equilibrar a audiência para o programa permanecer no ar.
  • "Sempre houve um complô do silêncio. Nunca houve punição".
  • "Não há  justificativa para uma matéria superficial ser exibida".
  • Fontes não procuram pessoas prepotentes. Fontes têm interesse e você precisa saber identificá-lo.
  • "Câmera escondida jamais pode ser usada para invadir a privacidade das pessoas". 
  • Jornalista tem a obrigação de estar sempre acessível as pessoas.
  • As grandes matérias começam com pessoas comuns.
  • Jornalista não é justiceiro, policial, nem advogado. Repórter não substitui a lei, a justiça. 
  • O jornalista tem que perguntar o que a sociedade gostaria de perguntar. Mas tem que respeitar o direito do outro na resposta.
  • Desafio do jornalista: dar espaço para quem pensa diferente e teve uma formação sócio-cultural distinta.
  • "Ninguém ameaça se você não estiver diante de uma grande reportagem".
  • "Emoção é um divisor de águas da sua própria consciência. Ela pode ser prejudicial quando altera a precisão das informações".

Cobertura de megaeventos esportivos, por Dorrit Harazim, Carina Almeida e Marcelo Moreira (moderador)











  • Brasil é o quarto país a ter em sequência uma Copa do Mundo e uma Olimpíadas. Outro exemplos: Alemanha (72 e 74); México (68 e 70); EUA (94 e 96).
  • Em Moscou (1980): 5.100 atletas; 5.000 jornalistas (1/2 rádio e tv e 1/2 impresso)
  • Em Sydney (2000): 16.500 atletas; 16.000 jornalistas (1/3 impresso e 2/3 rádio, tv e digital)
  • Em Londres (2012): 10.500 atletas; 21.000 jornalistas (6.000 impresso)
  • Números revelam que há poucos atletas para muitos jornalistas. É necessário reinventar uma maneira de falar com e sobre o atleta.
  • Um jornalista precisa de duas credenciais para assistir às principais provas. Corre o risco de nem conseguir assistir ao vivo a prova.
  • Ficar só no centro de imprensa não é a mesma coisa, não substitui a mesma emoção do presencial.
  • Que diferença o jornalista pode fazer nesse tipo de cobertura? O jornalista deve chegar já preparado, ter capacidade de organizar informações, talento narrativo e sorte.
  • Diferença dos atletas ao longo dos anos: João do Pulo em Moscou era campeão mundial, mas estava totalmente desamparado na perda da medalha. Hoje uma atleta americana tem 22 técnicos, cientistas que trabalham em sua equipe. Sem falar nos patrocinadores e nos assessores de comunicação.
  • Olimpíadas são uma vitrine para marcas esportivas e novas tecnologias.
  • Hoje as Olimpíadas estão mais niveladas: um atleta da África dispõe do mesmo equipamento que outro. Impossível fazer diferença só pela tecnologia.
  • Organização desses megaeventos tem que oferecer as melhores condições de trabalho para os jornalistas. Cabe, então, aos profissionais fazer a diferença.
  • Megaeventos esportivos são importantes para reposicionar "marcas" de países e cidades. Neles estão presentes a nata do esporte, da organização e do marketing esportivo.
  • "Nenhum país tem um bom desempenho em Olimpíadas sem incentivar o esporte desde a base".
  • Reflexão sobre o quadro de medalhas: cinco ouros em uma mesma modalidade valem mais do que cinco medalhas em esportes diferentes?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bloquinho de anotações - parte 2

Dando prosseguimento ao post publicado na terça, agora é a vez da segunda parte das minhas anotações sobre o 7° Congresso de Jornalismo Investigativo, realizado entre os dias 12 e 14 de julho na cidade de São Paulo. Ano que vem, o evento mudará de local e será na PUC-Rio.

Jornalismo cidadão: proteste já, por Marcelo Tas, Maxi García Solla e Gastón Turiel

  • "Proteste já" é o maior quadro em duração e um dos que mais faz sucesso dentro do programa CQC, da Band. O quadro surgiu em 2004.
  • No quadro, a equipe é composta por 4 jornalistas, dentre eles dois argentinos: Maxi (diretor de redação) e Gastón (produtor). 
  • Uma denúncia para ser apresentada no quadro tem que ficar "boa na TV'. O principal critério para escolher uma pauta é que ela proporcione boas imagens.
  • A edição final na matéria é fundamental, pois é ela "que faz o repórter falar bem". 
  • O vídeo de uma recente reportagem foi mostrado aos presentes. Tratava-se de uma denúncia de irregularidades no  matadouro municipal de  Conceição do Caeté (BA).
  • Denúncias: o carro que transporta a carne é aberto, sem qualquer refrigeração; os animais são mortos a pauladas; um carro de coleta de lixo passeia livremente pelo lugar onde os animais pastam; sangue dos animais escorre pela terra.
  • Moradores da região são "obrigados" a consumir aquela carne, já que não há outra opção. Não é raro ver alguém contrair uma doença por conta da péssima qualidade da carne ingerida. Um dos moradores chegou a ficar doente e um parasita se instalou em seu cérebro.
  • Geralmente, a equipe de produção só volta ao local denunciado se eles estiverem sem matéria. "Uma matéria nova gera mais interesse, maior audiência que uma antiga". De vez em quando, eles se planejam uma matéria especial, com retorno a 3 ou 4 lugares, tudo no mesmo programa.
  • "Quando o CQC não tinha patrocinador, a pressão era muito grande sobre um programa que estava ainda nascendo".
  • O respaldo dos patrocinadores faz com que Tas seja mais firme quando recebe uma ameaça.
  • "O humor nasce da precariedade humana. O CQC olha para os fatos com a lente do humor. Não é um programa jornalístico".
  • Tas se preocupa com os jovens que usam o CQC como fonte primária de informação.
  • Antes de cada programa, Tas negocia seus limites junto com a emissora. 
  • "Nenhum jornalista dentro de veículo é independente. Cada veículo tem sua linha editorial".
Copa 2014: organização e infraestrutura, por Juca Kfouri, Walter de Mattos Jr e Marcelo Beraba (moderador)









  • Em recente perfil publicado na revista Piauí, Juca e Walter são citados por Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, como dois de seus principais inimigos.
  • "Esporte passou de aspecto apaixonante e virou negócio. Eventos que usam como pretexto o esporte acabam custando milhões".
  • Quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo de 2014, as autoridades garantiram que essa seria "a Copa da iniciativa privada". Hoje, na verdade, a maior parte é feita com financiamento federal. "Quando o dinheiro não é público, é investimento do BNDES".
  • Alguns números da Copa: 101 projetos; 41 ainda no papel; 5 concluídos e 55 em andamento.
  • As decisões tomadas acerca da Copa no Brasil foram tomadas quase unicamente pelo comitê organizador local, que é "uma estrutura familiar do Ricardo Teixeira".
  • Analisando a capacidade de público das novas arenas e conhecendo-se um pouco de futebol, algumas distorções podem ser percebidas. Manaus, que tem seu melhor time disputando a série D do Brasileirão e não tem tradição no futebol, terá um estádio para 46 mil pessoas. O mesmo acontece em Brasília (70 mil pessoas) e Cuiabá (43 mil pessoas). Esses estádios, no futuro, se transformarão em verdadeiros elefantes brancos. 
  • "Para o mundo, a capital da Amazônia, é Manaus." Daí, uma das necessidades de se construir um estádio na cidade, mesmo sem time de futebol expressivo na região.
  • Há casos de exemplos positivos também: o Beira-Rio, estádio do Inter, está sendo reformado dentro de uma ótica privada. O clube é um modelo de gestão e apresenta o maior número de sócios do país.
  • Um evento do porte de uma Copa do Mundo funciona como uma grande campanha de marketing por décadas. Contudo, "nossa infraestrutura de turismo é muito pobre".
  • Casos de sucesso em que as cidades/países se aproveitaram dos eventos esportivos para se modernizarem: Pequim, Barcelona, Alemanha.
  • Casos negativos: Montreal e  Atenas (10% da dívida atual do país foi gerada pelas Olimpíadas).
  • Mobilização: a sociedade precisa ser mobilizada para cobrir e participar dos eventos.
  •  "Esporte no Brasil é mais atrasado que a política. Na política, ainda que pouca, há punição e transparência. No esporte, você não vê isso ".
  • "Estrutura do esporte no Brasil e reacionária, corrupta, corrompida e corruptora".
  • "Jornal Nacional chamou de comissão os casos de corrupção envolvendo João Havelange e Ricardo Teixeira". 
  • Jornal "O Lance!" não se aproveita dos eventos esportivos. Não tem nenhum anúncio das maiores fornecedoras de material esportivo, como a Nike, patrocinadora da Seleção Brasileira. Justamente por denunciar constantemente os esquemas de corrupção envolvendo o esporte.
  • "Não podemos fazer a Copa do Mundo da Alemanha, da Ásia, no Brasil".
  • "Ideal no Brasil para em evento de um mês são os investimentos em rodovias, aeroportos, etc. O estádio não precisa ser o melhor".
  • "Com essa gente que está aí, sou contra a Copa do Mundo no Brasil" (Juca Kfouri)
  • "Copa é um grande anúncio de um mês do país, mas correndo o risco de fazer um péssimo anúncio".
  • Até hoje, José Maria Marin, atual presidente da CBF, paga R$120 mil por mês para a assessoria do Ricardo Teixeira, ex-presidente da mesma entidade e envolvido em esquemas de corrupção.
  • "FIFA é parceira, cúmplice disso tudo. Blatter é da mesma cria".
  • Segundo Aldo Rebelo, atual ministro dos esportes, os estádios após a Copa servirão de "arenas multiuso". "Alguém imagina a Madonna indo cantar em Manaus? Nem a Ivete Sangalo vai a alguns lugares..."
  • Ministério dos esportes não tem nenhum projeto para a Copa no Brasil. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Bloquinho de anotações- parte 1



Esse ano tive, mais uma vez, a oportunidade de participar do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento, que já está em sua sétima edição, foi realizado entre os dias 12 e 14 de julho na Universidade Anhembi Morumbi- Campus Vila Olímpia, São Paulo.

Nessa postagem, compartilho com vocês a primeira parte das minhas anotações durante o congresso. O objetivo não é fazer uma cobertura oficial do evento, mas permitir apenas o compartilhamento de informações e dicas de jornalismo. Como se fosse um bloquinho de anotações. 

O bê-á-bá do Excel, por José Roberto de Toledo


  • Toda fórmula no Excel começa por um sinal de igual (=). O sinal deve vir colado ao comando seguinte. Exemplo: =média
  • Fórmula sobre o cálculo de variação porcentual de uma coisa sobre a outra: =N/n-1. Onde N é o número mais novo; n o número mais velho e a barra (/) corresponde ao sinal de divisão.
  • Mediana: ponto médio de intervalo entre dados.
  • Quando a média de algo é maior que a mediana significa que há pessoas/ elementos fora da curva, puxando a média para cima.
  • Estatística dedutiva: quando se analisam dados de todo ou universo. Exemplo: Censo.
  • Estatística inferencial: baseada na teoria das probabilidades. Induz resultados para o universo a partir de uma amostra limitada. Exemplos: pesquisas de opinião.
  • Estatística descritiva: medidas de tendência central. Objetivo: encontrar um número único que resuma e represente o intervalo de dois valores. Exemplos: média, mediana e moda.
  • Média: valor mais representativo de toda uma massa de dados. Facilmente influenciada por valores extremos (pontos fora da curva).
  • Mediana: Muito usada pelo locutor de rádio. Por exemplo: A bola está no campo de ataque do time A. Não é afetada por valores extremos. 
  • Moda: só é um bom indicador da tendência central se houver apenas um valor dominante.
  • Medidas de dispersão: tamanho da diferença em relação à média.
  • Amplitude da mostra: maior valor menos o menor valor.
  • Os números, bem torturados, revelam qualquer coisa. Atenção para a manipulação.
  • Site interessante para obter dados sobre a população brasileira e, de quebra, treinar mexer em planilhas: www.sidra.ibge.gov.br
Jornalismo narrativo, por Sérgio Vilas-Boas

  • Praticar jornalismo narrativo (ou literário) é diferente de estudá-lo.
  • Ficção não é sinônimo de mentira, nem tem a ver com técnica. É uma questão de caráter.
  • Narrativa é todo e qualquer discurso capaz de evocar um mundo concebido como real, material e mental situado em um espaço determinado. 
  • Story é o arco de movimento através do tempo e do espaço que dá unidade às ações e um sentido.
  • Jornalismo narrativo: reportagem de imersão sustentada por um sólido trabalho de campo e escrita apurada. Indicado para matérias especiais (fora da agenda), mas também no dia-a-dia, em alguns casos. Sua finalidade é transmitir a vivacidade das experiências das pessoas em relação ao assunto central, incluindo as experiências do próprio jornalista, quando cabíveis.
  • Uma pauta deve ser construída com base em nomes e pessoas. Não é possível fazer jornalismo narrativo sem personagens. O próprio autor é, às vezes, personagem. 
  • Personagens não são apenas complementos ("aspas"). Eles são a razão de ser da reportagem.
  • Uma narrativa não é um relatório, um dossiê. É uma construção de dados.
  • No jornalismo narrativo, o trabalho de campo é decisivo e não a beleza do texto. 
  • O jornalista deve conquistar a confiança do outro, do entrevistado. Converse mais, entreviste menos. O jornalista também deve estar preparado para responder perguntas e não apenas fazê-las.
  • "Não tem como saber como é ser gari vestindo-se assim. O problema do gari só ele sabe".
  • Choques culturais devem ser evitados. Não batemos boca com as pessoas por mais estranho que a resposta possa aparecer.
  • Não dá para fazer um perfil sem entrevistar o principal personagem. Só o Gay Talese conseguiu isso. Ninguém conhece outro exemplo.
  • O autor é quem seleciona o tema, o protagonista e os coadjuvantes. Sua vivência com o tema/assunto escolhido determina o "volume" da sua participação (declarada) na história. O autor sempre é, no mínimo, um coadjuvante.
  • Os relacionamentos são entre iguais. Você não é superior nem inferior a ninguém.
  • "Achar que alguém é o máximo é um preconceito. Ninguém é o máximo".
  • Raciocine narrativamente o tempo todo. Não existe a hora de escrever. A hora de escrever é a hora em que você teve a ideia.
  • Formule perguntas curtas, claras e respondíveis. Não fazer pergunta "roda viva".
  • Perguntas não devem conter juízo de valor em hipótese alguma. 
  • Digite/ processe as pesquisas bibliográficas na hora. Elas podem não estar disponíveis depois.
  • Temperamento de quem faz jornalismo literário: pessoa com visão crítica da mídia que esteja sempre pesquisando e estudando.
  • O protagonista do jornalismo literário é sempre humano.
Jornalismo popular: serviço, crime e brinde, por Paulo Oliveira e Rogério Maurício

  • O Dia: fundado em 1951 por Ademar de Barros, jornal popular mais antigo. Fazer do jornal um palanque.
  • Notícias Populares em SP: proposta política diferente. Jornal popular que não falasse de política.
  • "Jornais populares contribuíram para o desenvolvimento da imprensa. Todo jornal clássico hoje se popularizou".
  • Década de 80: mudança n'O Dia, que é vendido e se qualifica. O Globo lança O Extra para impelir crescimento d'O Dia.>
  • Dos 20 jornais mais vendidos de acordo com o IVC (Instituto Verificador de Circulação), 11 são populares.
  • Jornais mais vendidos: Supernotícia (MG) com  mais de 313.000 exemplares.
  • Venda avulsa (nas bancas)  dos principais jornais tem diminuído.
  • "Jornais clássicos são muito subsidiados".
  • Nas assinaturas, os jornais clássicos se impõe. A maior parte dos jornais populares não tem assinatura pois o custo logístico (transporte, etc) não compensaria o preço. A distribuição acabaria aumentando o preço do jornal.
  • "Jornal que vende em banca tem que se mostrar útil ao leitor todo dia".
  • Em cada estado, os jornais populares têm um DNA diferente.
  • "Jornal popular é que nem agricultura. Joga a semente, dá adubo. Só colhe os frutos 3 anos depois".
  • Belo Horizonte era a penúltima capital em leitura de jornais. Hoje é a segunda, atrás de Porto Alegre.
  • Super notícia ficou 3 anos só pegando e reproduzindo matérias de outros veículos. Hoje, são cerca de 150 jornalistas na empresa em 3 redações. 
  • Super notícia começo a despontar em 2004.
  • Super notícia ainda dá prejuízo. O jornal custa R$0,25. O retorno é em publicidade.
  • Venda de jornais no ano passado cresceu 3%. Venda de jornais populares cresceu 10%.
  • Segunda e quinta são os dias que mais vendem jornais por conta da cobertura dos jogos de futebol do dia anterior.
  • Classe C é dominante em Belo Horizonte. 72% dessas pessoas leem jornal.
  • Super notícia é o mais vendido nas classes B, C e D. 
  • Super notícia começou com promoções: de carrinhos, de eletrodomésticos... Não tem seção de política e economia.
  • "Pobre adora ganhar coisa. E rico também".
  • "O problema não é só de preço, é de público".
  • Antigamente, as pessoas mais pobres tinham vergonha de ir nas bancas. Agora, o Super notícia vende em padaria, sacolão, etc.
  • "Hoje, a promoção não incrementa tanto as vendas do Super. Pessoas criaram o hábito".
  • "Número de vendas de um jornal não diz respeito a qualidade do trabalho do jornalista".
  • "Jornal popular é um tradutor. Tradução permanente para uma linguagem mais simples, em menos linhas".