quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

"Ídolos"

Na era da tecnologia e das grandes mídias, não é muito difícil algum anônimo se destacar da noite para o dia e virar celebridade. Mais do que isso, uma exposição permanente na mídia pode alçar uma pessoa comum ao status de ídolo.

Um cantor que emplaca uma música de sucesso. Um jogador que dá um drible bonito. Alguns ainda são muitos jovens, mas já têm uma legião de fãs e distribuem autógrafos.

O pequeno garoto que mal sabe o que é a vida já tem seu ídolo, muitas vezes influenciado pelos familiares ou colegas mais velhos.

Nossa sociedade transforma muito rápido pessoas normais em ídolos. E aí moram alguns perigos: o primeiro é que o próprio "ídolo" se considere como tal e se julgue acima de tudo e de todos.

O outro perigo é com a população em geral. Considerar uma pessoa como ídolo muitas vezes implica acreditar que essa pessoa é perfeita e só faz ações voltadas para o bem. O rótulo de ídolo é colado antes de conhecermos a verdadeira história de uma pessoa e sua personalidade.

Com a ajuda da mídia que sempre reforça nas matérias esses pensamentos, milhões de ídolos são fabricados mensalmente. O ídolo do esporte. O ídolo da música. O ídolo dos adolescentes.

Mas aí, de vez em quando, somos surpreendidos com o passado nefasto ou atitudes inesperadas de nossos "ídolos". O multicampeão que faz uso de substâncias ilícitas e arquiteta um grande esquema de corrupção. O exemplo de superação que bate em mulheres e é acusado de matá-la de forma cruel.

Claro que pessoas de mau caráter sempre vão existir. Por isso, recomendo: mais devagar com os rótulos. Pense bem antes de dizer que é seu ídolo e não tenha vergonha alguma se não tiver uma resposta para essa questão.

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